Falta de assunto.

A falta de assunto é algo terrível. Veja-se o exemplo desse blog, que não tem assunto nem mesmo quando é publicado algo nele. Hoje, pelo simples fato de se constatar que não se tem assunto aqui, faz-se um post sobre isso.

Ela, a falta de assunto, pode ser perigosa para um blog, que pode deixar de ser lido justamente por não ter assunto.

Entenda-se, pois, a diferença entre não ser atualizado e não ter assunto, onde o primeiro consiste em blogs, sites, etc, com e sem assunto, mas que não são atualizados com freqüência, e o segundo pode ou não ser atualizado com freqüência, mas não há assunto algum.

Feita esta distinção, pode-se justificar o perigo em ser um blog sem assunto: não terá leitores, afinal, quem perderia tempo lendo sobre nada, sobre “assunto nenhum”?

Pode, ainda, a falta de assunto, ser constrangedora. Isso, no entanto, serve para blogs e para as pessoas, pois, para o blog, a falta de assunto é constrangedora por si só, eis que o torna inútil, senão inaceitável.

Já para as pessoas, o que existem são momentos de constrangimento pela falta de assunto. Momentos esses facilmente identificáveis. Exemplo? Aí vai: “será que chove?”, pergunta o pai da namorada na primeira conversa. “do jeito que o ‘tempo’ está louco, nunca se sabe”, responde o pretenso genro. Ambos estão constrangidos.

Bom, fica o post por aqui, ante a falta assunto para continuar a escrever. Estou constrangido? Deveria estar? Isso poderia ser assunto para continuar? Não sei. Realmente não sei, afinal, dizem que tudo é relativo. Inclusive essa frase, suponho.

Por Marco Vicente Dotto Köhler